Apontado como foragido diz que não foi procurado na casa onde vive

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Por Reinaldo Azevedo

Na Folha: Apontado como foragido pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (à época no PP), informou à Justiça Federal por meio de seus advogados que não foi procurado pela PF na casa onde vive há mais de 30 anos. A informação foi dada em uma […]

Na Folha:
Apontado como foragido pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (à época no PP), informou à Justiça Federal por meio de seus advogados que não foi procurado pela PF na casa onde vive há mais de 30 anos. A informação foi dada em uma petição feita pela defesa de Adarico para pedir a revogação de sua prisão temporária. Sua defesa afirma que “o requerente nunca residiu na cidade de São Paulo, e assim, de fato, não poderia ter sido localizado no local onde segundo noticiou a imprensa teria ocorrido a diligência da Polícia Federal”. E completou: “De tal modo, visto que o requerente não foi procurado pela Polícia Federal em sua casa na cidade de Registro, SP, local onde reside por mais de 30 (trinta) anos, não pode ser considerado como foragido da Justiça”. A peça é assinada pelas advogadas Joyce Roysen, Denise Nunes Garcia e Débora Motta Cardoso.

Nas investigações, Adarico é apontado como “encarregado de transporte de valores em espécie” e “subordinado de Alberto Youssef [doleiro]”, de acordo com a decisão do juiz Sérgio Moro. Carlos Alberto Pereira da Costa, representante formal da GFD Investimentos, empresa de Youssef, disse que Adarico certa vez carregou “malas e sacolas” no escritório de Youssef. “Quanto a Adarico, a representação não apresenta tantas provas, mas além do depoimento acima [de Carlos], o nome dele como responsável pelas entregas de dinheiro é informado em troca de mensagens telemáticas entre Youssef e seus clientes”, diz o juiz em sua decisão. A defesa de Adarico recorre a essa informação –de que a representação do Ministério Público “não apresenta tantas provas”– para pedir sua soltura e argumentar que ele, em liberdade, nada influenciaria sobre a coleta de provas que ainda resta ser feita. Ainda não há decisão sobre o pedido.

Publicado originalmente na Veja.

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